Cuidados que devem ser evitados para não comprometer a segurança da instalação elétrica de um imóvel residencial e podem gerar um alto custo de energia elétrica.
É fato que a falta de um projeto elétrico, a não contratação de mão de obra qualificada e capacitada, além da economia com a aquisição de materiais não certificados são alguns dos fatores que podem resultar em choques elétricos, sobrecargas, curtos-circuitos e até mesmo incêndios de grandes proporções!
A instalação elétrica é um dos quesitos mais importantes de uma construção.
Porém, pelo fato de os principais componentes elétricos como disjuntores e cabos elétricos, por exemplo, não ficarem visíveis (estão dentro do quadro elétrico e das paredes), muitas pessoas não dão a devida importância na hora de projetar corretamente ou comprar os melhores materiais para essa etapa.
Mas, para que a instalação elétrica de seu imóvel funcione corretamente e seja segura, confiável e de qualidade, e evitar qualquer erro, por mínimo que seja, é necessário utilizar produtos de qualidade, produtos normatizados e certificado.
A lista de erros que comprometem a segurança da instalação elétrica é GRANDE, COM DESTAQUE para o dimensionamento dos fios e cabos elétricos abaixo do necessário para atender as cargas, o que leva a sobrecargas, curtos-circuitos, incêndios e desarmes frequentes de disjuntores; a ausência de aterramento, de fio terra e do dispositivo DR, o que compromete a segurança das pessoas contra choques elétricos; entre outros.
– Pessoa que não entende de instalação elétrica fazer por conta própria o projeto e a aplicação dos materiais na obra.
É o primeiro grande erro, uma vez que os leigos não dominam todos os conhecimentos, técnicas e boas práticas necessárias para trabalhar com instalações elétricas.
“O resultado de projetos e instalações realizados por leigos é um elevado número de acidentes, às vezes fatais, além de perdas de patrimônio e equipamentos”.
Por Exemplo, o padrão da CPFL exige algumas regras a serem cumpridas para aprovação e proteção da residencia ou empresa:
fonte: https://www.cpfl.com.br/atendimento-a-consumidores/produtos-e-servicos/Documents/padrao-de-entrada-versao-simplificada.pdf
Por Exemplo nas NORMA TÉCNICA INSTALAÇÃO DE PADRÃO DE ENTRADA é citado o uso do cabo elétrico de 16 mm ou mais para a ligação do relógio de força!
O profissional explica que é preciso contratar um engenheiro eletricista habilitado e qualificado para dimensionar corretamente o projeto elétrico do imóvel, além de um eletricista capacitado para a execução do serviço.
“Todo imóvel residencial deve ter um projeto elétrico preparado de acordo com a norma técnica NBR 5410 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) – Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Esse fator, aliado à execução correta do projeto, contribui para o funcionamento seguro e adequado de todos os componentes da instalação.”
Diamentros menores do que é apropriado no uso dos fios e cabos elétricos para atender as cargas resulta em sobrecargas, curtos-circuitos, incêndios e desarmes frequentes de disjuntores e consumo mais elevado.
– Economizar com a compra de materiais elétricos.
Já ouviu a frase o barato sai caro? A “economia” é sem dúvida uma grande inimiga da instalação elétrica, pois a aquisição de produtos elétricos de qualidade duvidosa e que não atendem os requisitos mínimos das normas, reduzirão a qualidade, a confiabilidade e a eficiência energética, colocando a instalação, as pessoas e o patrimônio em sérios riscos de incêndios e choques elétricos.
Infelizmente se encontra hoje de forma facíl fios e cabos elétricos não normalizados, tais produtos são fabricados com cobre de má qualidade (e não raro com outros metais misturados), com quantidade de cobre inferior à exigida (desbitolados), sem falar que existem marcas que entregam comprimento de cabo menor do que deveria”, colocando em risco toda rede elétrica e até a vida pessoas que se utilizam destes produtos.
Além disso, os cabos elétricos irregulares (‘desbitolados’), por serem subdimensionados, resultarão no aquecimento dos condutores, nas perdas de energia, possível causa de incendio e curtos circuitos, queima de aparelhos e equipamentos e no aumento na conta de energia…
Para essa etapa, a dica é seguir a lista de materiais especificados pelo profissional capacitado e que deve ter produtos elétricos de boa qualidade.
– Ausência de aterramento, fio terra e dispositivo DR.
A falta desses itens de proteção, que são obrigatórios pela NBR 5410, compromete e muito a segurança das pessoas contra choques elétricos.
O sistema de aterramento oferece um caminho para que as descargas elétricas que poderão ocorrer no local sejam adequadas e seguramente conduzidas pela instalação, além de proteger as pessoas contra choques elétricos.
Ele também é um item fundamental no sistema de proteção contra a queima dos componentes da instalação e dos equipamentos eletroeletrônicos.
Já o condutor de proteção (“fio terra”), que é parte importante do sistema de aterramento, deve ser instalado em todos os circuitos elétricos, inclusive nos circuitos de iluminação.
Quanto ao dispositivo DR – O que é um dispositivo DR?
– Ausência de DPS.
Esse dispositivo também é fundamental em qualquer instalação elétrica, pois reduz o risco de queima de aparelhos eletroeletrônicos quando da ocorrência de descargas elétricas atmosféricas (raios) diretamente na instalação ou em sua proximidade.
– Gambiarras também comprometem a segurança da instalação.
Instalações MAL FEITAS ou IMPROVISADAS no uso de cabos 750 volts em condutos abertos:
- como bandejas e leitos;
- condutores sem identificação ( por cores ou com cores erradas);
- emendas entre condutores mal feitas, sem o devido aperto e sem adequada recomposição da isolação;
- caixas de passagem e ligação abarrotadas de condutores;
- excesso de fios e cabos dentro de eletrodutos;
- uso do aterramento da distribuidora de energia como aterramento da obra (que é proibido);
- quadros de luz com montagem deficiente ou errada, com má organização dos componentes, falta de espaço, ausência de identificações e circuitos reserva.
Vale lembrar que a norma NBR 5410 determina as cores dos revestimentos dos cabos de acordo com a sua função:
- Azul claro para condutores neutros;
- verde ou verde com amarelo para os de proteção (fio terra); e demais cores para os condutores de fase e retorno.
– Usar cabos PP (500 ou 750 volts), Paralelo ou Torcido (300 volts) nas instalações elétricas fixas.
A utilização desses condutores elétricos em instalações fixas é proibida. Isso porque esses cabos são destinados apenas para a ligação de equipamentos eletroeletrônicos ou em extensões para a ligação temporária de aparelhos. Além disso, eles não possuem propriedades antichama.
– Uso inadequado de benjamins e extensões, gerando sobrecarga e aquecimento.
Os benjamins e extensões, geralmente, aumentam em até três vezes ou mais a quantidade possível de ligação de equipamentos em uma única tomada.
Quando tal produto é mal utilizado, o resultado disso é o aquecimento do circuito elétrico, o consumo elevado de energia e as sobrecargas.
A solução é especificar uma tomada para cada aparelho elétrico. Numa sala de TV, por exemplo, onde são ligados diversos equipamentos pode-se prever quatro tomadas em uma única caixa.
– Fios e cabos elétricos que ficam soltos e espalhados, gerando risco de choques, incêndios e perda de energia elétrica.
Por isso, os fios e cabos elétricos devem obrigatoriamente ser instalados dentro de eletrodutos, canaletas ou outros componentes específicos para essa finalidade.
Outra Dica Importante: É a manutenção preventiva!
Melhor do que remediar é prevenir, para garantir a segurança e a qualidade da instalação elétrica.
A primeira revisão da rede elétrica do imóvel deve ser feita, no mínimo, dez anos após o término de sua instalação. Depois disso, é fundamental verificar tudo a cada cinco anos pelo menos.
Outras Dicas Úteis:
• O uso da energia elétrica de forma segura e sem desperdício pode melhorar a qualidade de vida, preservar o meio ambiente e reduzir a conta de luz.
• Ao fazer reparos nas instalações de sua casa, desligue os disjuntores ou a chave geral.
• Nunca mexa no interior do televisor ou outros aparelhos, mesmo que ele esteja desligado.
• Nunca mexa em aparelhos com as mãos molhadas ou com os pés em lugares úmidos. Não coloque facas, garfos ou qualquer objeto de metal dentro de aparelhos elétricos ligados.
• Se tiver crianças em casa, não deixe que elas mexam em aparelhos elétricos ligados ou que toquem em fios e tomadas.
• Ao trocar a lâmpada, não toque na parte metálica.
• Fios mal isolados na instalação podem provocar incêndio, além de desperdiçar energia.
• Ao queimar um fusível, procure identificar a causa. Após solucionar o problema, substitua o fusível por outro de igual capacidade ou rearme o disjuntor.
Proteção para instalação.
• Quem protege a instalação elétrica de sua casa são os disjuntores.
• Os disjuntores protegem sua instalação, com a vantagem de não se queimarem em caso de sobrecarga de energia ou curto-circuito, pois desligam automaticamente. Depois de solucionado o problema, basta religá-los.
O que fazer em caso de acidentes com choque elétrico:
• O choque elétrico, geralmente causado por altas descargas, é sempre grave, podendo causar distúrbios na circulação sanguínea e, em casos extremos, levar à parada cárdio-respiratória.
• Acidentes com eletricidade são muito comuns no dia-a-dia e devemos ter muito cuidado, principalmente com as crianças. A principal medida para evitar os acidentes com o choque elétrico é o estabelecimento de cuidados para evitar o contato com a eletricidade, usando objetos de borracha e tendo atenção com as tomadas e fios sem proteção.
• A rede elétrica é projetada de modo a não oferecer riscos à população. Mas chuvas, ventos, galhos de árvores, colisão em postes e outros acidentes podem partir um cabo e deixá-lo pendurado ou caído no chão
Se alguém levar um choque?
• Não toque na vítima, nem se aproxime dos fios caídos ou objetos em contato com eles, como cercas metálicas, portões de ferro ou varais de roupa.
• Desligue imediatamente a eletricidade. Se não for possível, interrompa o contato da vítima com a corrente elétrica, utilizando material não condutor seco (pedaço de pau, corda, borracha ou pano grosso). Nunca use objeto metálico, não toque diretamente na vítima com as mãos e não utilize nada molhado, como por exemplo uma toalha úmida;
• Se as roupas da vítima estiverem em chamas, deite-a no chão e cubra-a com um tecido bem grosso, para apagar o fogo. Outra opção é fazer a vítima rolar no chão. Não a deixe correr.
• Verifique, então, se a vítima está consciente e respirando. Se a pessoa não acordar ou estiver com dificuldade para respirar, ligue para um serviço de emergência e procure ajuda médica
• Ligue 193 (Bombeiros)
Fonte:www.dme-pc.com.br